sábado, 14 de novembro de 2009

Despedida

Finalmente fui embora daquela cidadezinha rodeada de bucólicas montanhas. O mais engraçado é que quando cheguei lá tudo era lindo e novo e misterioso, com suas ruas de paralelepípedos, suas igrejas de ouro e seus bares vintage, só que quanto mais se aproximava o momento de partir, mais a cidade que eu tanto amei ficava insuportável. Mas, desconfio que não era a cidade que piorava e sim as pessoas que nela moravam. Quando conhecemos alguém podemos ter uma antipatia imediata ou não, podemos gostar já de cara, existem pessoas - foi assim no final - que eram tão legais e acabaram se mostrando totalmente idiotas. Porque, meu Deus, alguém vai brigar por causa de uma opinião nossa, isso quando essa mesma pessoa foi quem nos disse para sermos sinceros, e porque essa mesma pessoa não fala o que sente e porque está brava mesmo quando pedimos um milhão de vezes para faze-lo? Eu juro que não entendo, e também juro que isso me cansou e me fez, no final, desgostar bastante de lá.
Bom, mas quanto mais pessoas ridiculas encontramos pelo mundo, mais pessoas que valem a pena também aparecem, e comigo não foi diferente. Posso dizer que por todo o tempo que fiquei lá, algumas pessoas realmente me fizeram feliz. Posso citar como exemplo uma chinesinha que não sabe contar piada, mas que é tão inteligente que até assusta, ou um pseudo-intelectual ichsano (haha) que usava bigode e gostava de sair de pijamas pela rua, ou até um pagodeiro que, juro, não tinha coração (já viram algum?). São pessoas que fizeram meus dias coloridos e que me fizeram ver que uma cidade bucólica no meio das montanhas pode ser chata, mas tem seus dias bons, e esses minha gente, valem mais que uma sobremesa boa do bandeijão (hehehe).
Acho que no fim das contas eu achei o que tinha ido procurar tão longe de casa, achei a-m-a-d-u-r-e-c-i-m-e-n-t-o. Valeu a pena. =D