domingo, 29 de março de 2009

Mudanças

Eu sempre quis ir para a Europa, sempre. O lugar mudava conforme minha vida mudava, já foi Itália, França, Espanha e agora Portugal.
Tenho raiva das pessoas que com raiva de mim, me recriminavam por eu simplesmente mudar meus sentimentos (e não me refiro a paises). Sabe, os sentimentos, assim como tudo na vida mudam, é normal e as pessoas devem acompanhar essa mudança, é normal!
As pessoas agem como se eu fosse um monstro sem coração só porque desejo algo diferente do que desejei a um tempo atrás, ninguém entende, acho que só eu entendo que a vida é feita de ciclos que começam e terminam e começam e terminam...
Ando pensando muito no passado, em todas atitudes que tomei e me fizeram estar no lugar em que estou agora. Me sinto um pouco triste, essa é a verdade. Enfrentar seu passado e entender que algumas coisas realmente acabam e não são (nem serão) como um dia imaginou que fossem me doi. É uma dor branda, que me tira o sono mas não tanto a ponto d'eu fazer algo em relação a isso, eu só penso, penso e penso e me reviro na cama.
A verdade é que não gostaria de ter uma vida diferente da que tenho hoje, não me arrependo de nenhuma atitude ou decisão que tomei, mas que doi saber que alguns sonhos foram em vão, isso doi.
Acho que vou tentar dormir e sonhar com o futuro, esse sim vale a pena.

terça-feira, 24 de março de 2009

Doce [2]

Mais uma produção feita em uma aula super "produtiva"

Numa espiral
faço meus versos
que
vem                      
e
                         vão
Num tédio sem
TAMANHO
Aula chata
vida chata
NÃO!
Vida boa
                         mas...
A aula continua

CHATA

Espiral
que
                                vem
e
vai                              

Ainda morro de tédio.



                            

Doce


Eu ainda vou morrer de tédio com certas coisas

Psicodélico
ESPIRAIS
tédiotédiotédio
Anchieta contava cordeiros
e
eu aqui pensando nos
anos 70

Um passeio
PSICODÉLICO
numa bicicleta
multicolorida

Vendo espirais
e
no meio delas
ANCHIETA
cantando e tocando
com
HENDRIX

tédiotédiotédio

segunda-feira, 16 de março de 2009

Um pouco de jazz e hipocrisia

Sentamos-nos no bar e pedi um Stenheiger, Mercedes falava e falava e falava na minha orelha, mas eu nem escutava, meu cérebro e meus ouvidos estavam atentos ao jazz que uma banda tocava num canto do bar. Ela dizia que aquele meu jeito de artista atromentado já tinha saido de moda, que precisava parar de procurar paixão, loucura e quem sabe procurar um emprego no lugar disso, que eu precisava crescer e blá blá blá, toda aquela ladainha de namorada que chega a uma certa idade e quer casar (percebo agora que toda mulher quer casar e ter filhos, o mundo pode mudar, mas sempre será assim, como uma predisposição natural a procriar e se eu acredita-se em Deus, poderia até dizer que ele realmente faz tudo certo, mas não acredito), enfim, ela falava sem parar eu eu lá bebericando e fingindo ouvir o que na verdade não me importava.
O jazz dava notas altas e aquilo me satisfazia, como a bebida e aquele bar escuro me satisfaziam no momento, não me preocupava em trabalhar, ter dinheiro ou filhos, eu queria ficar para sempre em um bar ouvindo o jazz que Miles tocava pra mim e tomando algo tão forte que quase fazia meu cerébro entrar numa semi inconsciência gostosa, daquelas que se arrependerá no dia seguinte, mas não tanto a ponto de desistir dela.
Mercedes continuava com a ladainha e sonhando com uma vida que cada vez se distanciava da que eu procurava, me dava vontade de levantar e gritar: "deixe-me ser um vagabundo! Deixe-me ser atormentado! Não preciso de dinheiro eu só quero jazz, poderia viver só de jazz. Ele seria minha comida, minha bebida e minha companhia. Não preciso de você, deixe-me em paz!"
Lógico que não o fiz, simplesmente continuei sentado na minha semi inconsciência, fingindo que ouvia uma coisa que odiava enquanto fingia que esquecia o que realmente era, a vida é assim não? Feita de fingimentos e hipocrisias. Que seja, vivo de acordo com o que querem de mim e enquanto isso me satisfaço com Miles, John, Steve e meu Stenheiger. 

segunda-feira, 9 de março de 2009

Fallen


As vezes eu me sinto tão cansada Chico, você me entende? É uma canseira de viver, de sorrir, de sentir... Gostaria de ser fria só mais cinco minutinhos e deixar que os sentimentos fiquem lá guardadinhos pra daqui a pouco.
Deita sua cabeça em meu colo e olha esse céu. Olha o céu que tanto ama, o arco-íris depois da chuva que caiu hoje, sente o vento em seu rosto e chora se tiver de chorar e ri se tiver de rir, mas para com esse vazio, Ana. Para com isso...