quarta-feira, 15 de julho de 2009

Insonia

Me deitei e dormi de imediato, estava cansada, o dia tinha sido longo e difícil.
Ah! Acordei assustada, não sei porque, acho que algum pensamento meu me assustou e acordei. Olhei no relógio, 02:10. Fechei os olhos para continuar a dormir, virei de barriga para baixo e pude sentir meu coração batendo de encontro ao colchão.
Tum tum tum tum tum tum
Tumtumtumtumtumtumtum
Tuntuntuntuntuntuntuntun
TUNTUNTUNTUNTUNTUN
Droga, merda, saco! Estou com crise de ansiedade a uma hora dessas, parabéns! Tentei me virar, de um lado para o outro e nada da sensação ruim passar. Estava com sede, mas fiquei com preguiça de ir a cozinha buscar água. 03:25. As horas passavam e eu me virando na cama, levantei e fui pegar água, bebi e não adiantou, meu coração parecia que ia explodir e a falta de ar era enorme. Deitei de barriga para cima e abri os olhos.
Tum tum tum tum tum tum
Fechei os olhos.
TUNTUNTUNTUNTUNTUN
Ótimo, não posso fechar os olhos que é capaz de morrer de ataque cardíaco. 05:49. A sensação não passava, meus olhos ardiam, me estômago se revirava e as horas insitiam em passar sem me deixar dormir. 06:30, escutei meu pai fazendo café na cozinha e a luz da manhã começava a invadir meu quarto/sala.
TUNTUNTUNTUNTUNTUN
Para coração! Que merda, droga, saco! O enjoo vinha cada vez mais forte, já não conseguia nem ficar de olhos fechados. Antes não tivesse coração, estaria dormindo tranquila, sem pensar besteiras, sem ficar triste por coisas que simplesmente acontecem, sem ter o perigo de morrer de ataque cardíaco com vinte e cinco anos. Merda, droga, saco!
TUNTUNTUNTUNTUNTUN
Meu humor estava cada vez pior, juntamente com meu estômago que teimava em enjoar por causa da minha crise.
MERDA, DROGA, SACO!
Desisti de tentar dormir.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Gramatiqueta

Norma,

(GRAMA)tica,

tradicionalismo,

PRE(con)CEITO linguístico.

(DES)respeito as normas?

Ou a liberdade da

LÍNGUA(gem)

(BRASIL)eira?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A liberdade de ver o mundo com meus próprios olhos

Nós sempre tivemos uma relação de amor e ódio, sabe? Eu o odiava, mas não conseguia ficar longe, parecia minha droga, minha obsessão, mas, também, o que eu poderia esperar, ao mesmo tempo em que ele me incomodava, fazia com que eu visse o mundo de uma maneira diferente, melhor.
Eu chorei tantas vezes de raiva dele, não saia de casa por sua causa, ficava deprimida querendo uma vida diferente, mas não conseguia me afastar, o queria todos os dias, todas as horas, logo que acordava já sentia necessidade dele, ao mesmo tempo que aquilo me completava, me deixava cada vez mais triste.
Quando decidi que não queria mais sua presença em minha vida, ainda demorei um pouco para realmente o afastar, foi difícil e o medo era tão grande! E se eu não conseguisse viver sem ele? E se eu viesse a precisar dele de novo um dia, como poderia voltar atrás?
Depois de muito pensar e tomar coragem, lá fui eu para o fim. Fiz o que tive de fazer, e acabei com tudo. Tudo, sem deixar nada dele em mim, acabou e como todo final foi triste.
No primeiro dia eu queria morrer, chorava sem parar e sua falta era desesperadora. A recuperação foi difícil, eu ia melhorando, mas, algo ainda faltava. Eu quis por tanto tempo me sentir livre, ficar longe dele e quando realmente consegui o que senti foi tristeza, não é estranho? Eu finalmente poderia ver o mundo de uma outra forma, sem ficar presa a ele e eu sentia sua falta todo dia. Na hora que acordava era tão estranho não vê-lo ao meu lado, mas mesmo assim eu caminhava pouco a pouco para a completa recuperação.
Hoje eu estou bem, me sinto até feliz sem ele, mas não do jeito que imaginava, acho que falta pouco para eu realmente não sinta mais essa carência. Na verdade eu estou até gostando dessa sensação de liberdade, de poder ver o mundo com meus próprios olhos.
Por isso que agora sempre digo: “Depois da operação refrativa, óculos, nunca mais!”

"Porque você não olha pra mim?
Me diz o que é que eu tenho de mal.
Porque você não olha pra mim?
Por trás dessa lente tem um cara legal."
=D