sexta-feira, 28 de maio de 2010

Não lembrar é esquecer?

"Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via a 10 anos atrás.
Quem você ainda vê todo dia,
E quem você já não encontra mais..."

(Pega o telefone, disca e espera)

Eu:Oi, sabe quem tá falando?
Outro(a): Não, deveria saber?
Eu: Não sei, mas, sei lá, eu tinha uma esperança de que soubesse...
Outro(a): Mas não sei, desculpa, se deveria saber, ou não né? Se esqueci sua voz é porque algum motivo você me deu, mas afinal, quem é você?
Eu: Dei, dei o pior dos motivos, eu não continuei do seu lado quando deveria, você não tinha mesmo o porque lembrar minha voz.
Outro(a): É, eu me sinto sozinho(a) as vezes, talvez se não tivesse me deixado...
Eu: Você me perdoa?
Outro(a): Mas, como posso perdoar se nem sei quem você é? Eu fiquei sozinho(a) e te esqueci. Eu não posso perdoar alguém que não faz mais parte da minha vida.
Eu: Eu estou ligando pois gostaria de voltar a fazer parte dela, eu penso em você todos os dias, não há um dia em que me esqueça do quanto erámos felizes, eu lembro nitidamente, inclusive do seu sorriso quando me via, um sorriso de criança, de Natal, de céu azul, você não lembra mesmo?
Outro(a): Não, não lembro e se eu gostava tanto de você como me diz, eu acho que nem quero lembrar, quem me garante que não vai me deixar outra vez?
Eu: Mas você nem sabe quem eu sou pra saber se pode ou não confiar em mim.
Outro(a): E eu deveria confiar em quem nem conheço?
Eu: Mas, você me conhece, só não se lembra, eu sou a...
Outro(a): EU NÃO QUERO SABER QUEM É VOCÊ! Me deixe em paz! Eu já te perdi uma vez e não vou perder de novo! ME DEIXE EM PAZ!
(O telefone é desligado)

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