terça-feira, 28 de maio de 2013

Olhos e mãos e beijos e abraços

Eles se olharam, como se fosse a primeira vez, de novo.
Ele pegou em sua mão, como se fosse a primeira vez. Ela disse que a mão dele estava fria, mas as dele estavam quentes, elas sempre foram quentes.
Ele disse que as mãos dela realmente estavam frias, mas no momento estava suadas. Ela ficou sem graça com aquele comentário.
Então, de mão dadas ele começou a falar sobre tudo o que tinha acontecido em sua vida até aquele momento, em tudo o que conquistara e em tudo o que gostaria de conquistar e fazer ainda.
E disse que até aquele momento, achara que faria isso sozinho, até aquele momento. Que sabia que ela, agora estaria com ele. Sabia isso por causa das mãos suadas dela.
Ela perguntou o porque suas mãos estarem suadas o fizeram pensar isso. E ele respondeu que toda a vez em  que tocou em suas mãos, elas estavam  frias, mas naquele dia estavam suadas, como as dele sempre estiveram e ele sabia porque as mãos deles sempre estiveram suadas, porque ele sempre estaria lá por ela.
E ele sabia que agora era para valer, sabia por causa das mãos dela e dos olhos dela e do seu sorriso e de todo aquele pequeno corpo tremendo de encontro ao seu.
Ele sabia.
E então ele a beijou, um beijo que parecia a primeira vez, mas eles sabiam que não era.
E nem a última.

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