terça-feira, 8 de dezembro de 2009
O peso da alma
sábado, 14 de novembro de 2009
Despedida
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Insonia
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Gramatiqueta
sexta-feira, 3 de julho de 2009
A liberdade de ver o mundo com meus próprios olhos
Eu chorei tantas vezes de raiva dele, não saia de casa por sua causa, ficava deprimida querendo uma vida diferente, mas não conseguia me afastar, o queria todos os dias, todas as horas, logo que acordava já sentia necessidade dele, ao mesmo tempo que aquilo me completava, me deixava cada vez mais triste.
Quando decidi que não queria mais sua presença em minha vida, ainda demorei um pouco para realmente o afastar, foi difícil e o medo era tão grande! E se eu não conseguisse viver sem ele? E se eu viesse a precisar dele de novo um dia, como poderia voltar atrás?
Depois de muito pensar e tomar coragem, lá fui eu para o fim. Fiz o que tive de fazer, e acabei com tudo. Tudo, sem deixar nada dele em mim, acabou e como todo final foi triste.
No primeiro dia eu queria morrer, chorava sem parar e sua falta era desesperadora. A recuperação foi difícil, eu ia melhorando, mas, algo ainda faltava. Eu quis por tanto tempo me sentir livre, ficar longe dele e quando realmente consegui o que senti foi tristeza, não é estranho? Eu finalmente poderia ver o mundo de uma outra forma, sem ficar presa a ele e eu sentia sua falta todo dia. Na hora que acordava era tão estranho não vê-lo ao meu lado, mas mesmo assim eu caminhava pouco a pouco para a completa recuperação.
Hoje eu estou bem, me sinto até feliz sem ele, mas não do jeito que imaginava, acho que falta pouco para eu realmente não sinta mais essa carência. Na verdade eu estou até gostando dessa sensação de liberdade, de poder ver o mundo com meus próprios olhos.
Por isso que agora sempre digo: “Depois da operação refrativa, óculos, nunca mais!”
=D
quinta-feira, 18 de junho de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Quando a certeza é cada vez maior
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Madrugada
Porque as madrugadas nos reservam mais do que simplesmente frio e neblina
Esta madrugada está sufocante, meu coração apertado, sentindo falta de nem sei o que.
Ando de carro pela cidade ouvindo umas músicas deprimentes que tocam na rádio universitária. Penso em Raul e tenho vontade de vê-lo, quero andar a pé pela cidade de madrugada como outrora fazíamos. Íamos lentos e pensativos, sempre com uma garrafa de algo amargo/doce, mas sempre com álcool, nas mãos.
Sinto tanta falta destes momentos que até dói. Pego meu celular, dou um toque no celular dele e deixo que o destino diga se fiz certo.
Meu celular toca e ouço uma voz perguntando onde estou. Peço para ele olhar pela janela da sala. Ele aparece na janela e para minha surpresa, sorri, um sorriso no começo estranho, mas depois vai tomando uma forma de lar que é impossível eu não retribuir. Raul desce e eu o convido para caminhar.
- Preciso conversar com você.
Ele aceita, é lógico, não me lembro de um dia ele ter me negado algo. Vamos andando num passo lento, sem bebidas desta vez, somente percebendo a presença um do outro, lado a lado.
- Desde a última vez, não há um dia em que não pense em você. Algo falta todos os dias da minha vida.
- Faz tempo que não abro a velha caixa de sapatos jogada em meu armário, durante todo este tempo eu queria que você ficasse lá dentro dela, não queria pensar em você.
- Eu tenho tanta coisa para te dizer, tanta coisa que gostaria que entendesse. Eu fiquei por tanto tempo tentando preservar nossa amizade que não via o quanto te magoava cada vez mais e mais e quando tudo terminou e eu perdi meu melhor amigo, achei que não fosse para sempre, não percebi o definitivo, achei que quando superasse a mágoa, nossa amizade prevaleceria, mas as coisas não são bem assim não é? Você superou mais do que a mágoa e minha amizade, nossa amizade, se perdeu como todo o resto. Isso dói.
- Tudo anda tão sem graça Ana, achei que o tempo, a vida nova, as pessoas novas me trariam o que procurava, mas a verdade é que a procura nunca acaba e depois de um tempo você volta a estaca zero e sabe quem sempre me esperava lá? Você. É como se eu sempre voltasse para você. Lembro-me das nossas conversas e divagações, de como me dizia que tudo era sempre igual e tudo sempre seria igual, os começos e os finais sempre seriam iguais, eu compreendo, mas também digo que é tão cansativo.
- Carlos uma vez disse-me que sentia saudade do que não existe e que essa saudade doia. Me sinto assim Raul, como se um pedaço permanente de minh’alma faltasse, como se tivesse deixado algo ou alguém essencial a minha vida no mundo das idéias e agora, aqui, no mundo real só me sobrassem cópias mal feitas da perfeição que pelo visto nunca encontrarei, será que alguém um dia me entenderá de verdade? Você me entenderia Raul?
-Lembra da lua, Ana? Lembra de como gostávamos de admirá-la? Seja em frente a fogueira ou a um lago, nós a admirávamos e aquele momento era tão perfeito, não faltava nada. Porque esses momentos não podem ser mais longos, porque deixamos o vazio nos preencher, sendo que deveríamos era preencher o vazio?
- Acho que a verdade meu amigo, é que não temos escolha. O vazio, o inconformismo são inerentes a nossa natureza e sinceramente, acho que nem a porrete mudaríamos.
- Nos fudemos então?
Rimos os dois, de novo o sorriso radiante que eu tanto gosto, nos olhamos com entendimento e é como se agora, neste instante, todas as respostas do universo estivessem respondidas.
- Senti sua falta.
- E eu a sua.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
terça-feira, 14 de abril de 2009
Desconexo
domingo, 29 de março de 2009
Mudanças
terça-feira, 24 de março de 2009
Doce [2]
Doce
segunda-feira, 16 de março de 2009
Um pouco de jazz e hipocrisia
segunda-feira, 9 de março de 2009
Fallen

As vezes eu me sinto tão cansada Chico, você me entende? É uma canseira de viver, de sorrir, de sentir... Gostaria de ser fria só mais cinco minutinhos e deixar que os sentimentos fiquem lá guardadinhos pra daqui a pouco.
Deita sua cabeça em meu colo e olha esse céu. Olha o céu que tanto ama, o arco-íris depois da chuva que caiu hoje, sente o vento em seu rosto e chora se tiver de chorar e ri se tiver de rir, mas para com esse vazio, Ana. Para com isso...
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Lágrimas
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
PALETA DE CORES
Porque ser gauche na vida?
Poderíamos ser guache,
Que tal?
Colorir esse mundo
preto-e-branco,
com todas as cores do
arco-íris.
Brincaríamos com suas fitas
multicoloridas,
dançando ao som de Mutantes.
Usaríamos o vermelho para você
rir
da minha boca com batom
Pintaríamos um céu ao
amanhecer,
naquele tom alaranjado,
que só se vê lá de cima da
igreja, sabe?
E montanhas, verde bem
escuro,
com neblinas brancas ao redor,
só para lembrar dias frios e
aconchegantes.
Ah, são tantas cores José!
Podemos usá-las das mais variadas
formas.
Vamos colorir o mundo ao nosso
Bel prazer.
Vamos ser guache na vida, José?
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
TUBARÕES
Mas enfim, não é sobre isso que quero falar, comecei com esse assunto para falar sobre medo e como estou morrendo de medo agora.
Na minha vida sempre tranferi meus medos para tubarões, era só algo me afligir e lá vinha eu sonhar com os bichos, por isso que sempre digo que meu único medo é tubarão, por que ele se torna maior que todos os outros medos e quando vejo os dente afiados vindo em meus sonhos esqueço de todo o resto, ou pelo menos finjo que esqueço.
Quando era criança, dormia de luz acesa, com o tempo aprendi a respeitar o escuro e a gostar dele. Porque justamente hoje, uns 20 anos depois é que senti essa vontade de acender a luz?
Tenho medo, não quero ficar sozinha, não quero que os tubarões voltem, não quero mais sentir meu coração apertado e essas lágrimas nos olhos.
Tubarões, por favor, vão embora e me deixem dormir! Ele está aqui dormindo ao meu lado e vai me proteger, não vai? Você vai, não vai?
Vão embora e me deixem dormir, eu preciso dormir para esquecer o medo.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
MENINA
molhada de lágrimas
que desmancha, desman...
Menina da asa quebrada
que hoje voa livre
sobre as montanhas
altas, ALTAS.
Menina do deserto
que deixa o coração
sob uma pedra
e depois o recupera
numa tarde quente.
Menina pinguím
Menina linda
Menina amor
Machuca o meu amor
não é?
Menino olhos de tempestade
Menino caçador de pipas
Menino deserto salgado
Menino neblina
Machuca o meu amor
não é?